Naquele dia ele me trocou por uma mera mortal. Lembrei-me vagamente.

  -Fique com o clã Volturi, Edward, eu lhe imploro! -Eu sorri. -Vamos, eu sou melhor do que aquela mortal!

  -Desculpe Jane, mas eu... -Ele não retribuiu o sorriso. -Amo ela.

  Aro também não ficou feliz. Para ele, eu era um filha dele. E como pai e chefe de um clã, ele me protegeu. Ele sabia que eu era bonita e principalmente, era uma vampira. E especial, muito especial.

  -Edward. Se você for ficar com uma mortal, estará rompendo séculos de segredo. Estará rompendo uma lei. -Aro falou, calmo. -E o que ganhará com isso?

  -Uma vida cheia de esperança, coisa que vocês não tem, mas que eu tenho a chance de ter. -Edward falou, meio impaciente.

  -Eu posso lhe dar uma vida cheia de esperança. -Eu falei, irritada. -Eu sou como você, esqueceu? -Toquei em seu peito coberto por uma blusa.

  -Sim, por isso você merece algo melhor. -Ele pegou minha mão e tirou-a de lá.

  -Edward, você me deixa impaciente, filho. -Disse Aro, sem demonstrar um pingo de impaciência. -Ouça Jane. Ela pode estar correta.

  -E é disso que estou cansado, Aro! -Disse Edward, impaciente. -Uma vida certinha, toda correta!

  Eu discordei, por que a vida em Volturi era bem menos certinha. E a vida de um vampiro também. Edward me desculpe, mas a vida de um vampiro é certinha desde quando? Matar, beber sangue... Isso não é, certamente não é, um cotidiano normal. muito menos se trata disso! Se ele tivesse cabeça para entender, ser um vampiro não é um joguinho. É algo muito pouco normal, é... sobrenatural. Mas, de repente essa tal Isabella conta para seus coleguinhas... Não seria nada agradável. Edward não sabe nada sobre ela! Se ela namorar com elee ficar pensando "Ah, que babaca. Estou namorando com ele porque ele é vampiro e tem poderes sobrenaturais."

  Eu concordo que parte disso é idiotice de Edward, certamente quer sair um pouco da vida monótona... Mas e essa Isabella? O que ela tem haver? Ela é uma humana, ninguém percebe?

  Levamos um minuto em silêncio, talvez Edward mudando de idéia, Aro pensando em como puni-lo mas tarde... E eu em uma maneira de seduzi-lo. Meu Deus, Edward é meu!

  -Eu sinto muito, Jane, mas você merece alguém melhor. -Ele me olhou, tentando evitar meus olhos, e eu também. -Merece alguém que fique com você e te ame, não alguém que tenha dó de você... Como eu.

  -Você sente dó de mim, então? -Falei. -Isso não é problema para mim. Eu aturo você. Quero dizer... Para mim, nada é importante desde que esteja ao seu lado.

  -Vamos, Edward. Fique. -Disse Aro.

  -Por favor... -Implorei. -Eu juro que se você não ficar eu me vingarei. -Aro me deu uma cotovelada.

  -Vingue-se. Mas não importa. Eu também, só me comporto ao lado de quem amo. -Edward disse. -Bella.

  -Não! Não pode ser ela! Ela fez algo, Aro, eu tenho certeza! Eu sou muito melhor do que ela... Edward, você não pode... Não pode me deixar! -Eu gritei, as lágrimas escorrendo, e quando cairam, simplesmente derretiam o chão. -Eu te amo, amo mais do que tudo! Você é meu, por favor, só um minuto, é só o que peço!

  -Desculpe.

  -Pare, Edward, se você for embora, eu matarei a tal mortal, nem que seja a última coisa que eu faça! -Disse Aro, agora impaciente. -E não só ela, mas tudo o que estiver no caminho! Até você.

  -Claro. -Ele virou e me deu um beijo. -Espero que se não sentiu algo, desista de mim.

  -Não mesmo. -Puxei ele de volta, mesmo com ele se debatendo.

  Ele tirou a cabeça de perto da minha o mais rápido que pode. E foi embora.

  "Peguem ele, e matem tudo o que estiver no caminho!" Aro gritou, tempos depois de ele ter fugido. Eu ia matar aquela imortal, e isso era um sentimento que só depois de me matar eu dessistiria. Matarei sei pai e sua mãe. Matarei tudo o que conhecer Isabella. Queimarei sua casa. Até que Edward descubra que me ama, e que sempre me amou. Matarei seus filhos, até ele aprender a me amar. Matarei os Cullen, se necessário. Tudo por um amor que não deu certo. Mas dará. Você verão.

  Isabella irá sentir a fúria de quem estraga minha vida e em seguida descartá-a.

  Espere. E verá.