Comecei a correr, sem olhar para trás. Ouvia gritos e berros me xingando, mas não tinha tempo de ouvi-las. Era ouvi-las, ou passar uma eternidade tentando esquecer tudo o que ouviu. Na minha cabeça, sempre pensava em uma vida colorida, que o amor era praticamente EU, mas com o tempo, nada era verdade. Comecei a odiar falar sobre meus pais, como se eles nunca tivéssem existido. E para falar a verdade, nunca existiram. Não para mim. Era como um pingo de água que acabara de cair no mar. Desde os 10 anos andei alimentando minha cabeça com essas histórias. Elas encaixavam como se meu destino fosse esse. Agora eu morava com um casal idoso que me adotou. Eles eram bem mais carinhosos comigo. Não, meus pais não me abandonaram. Eles tomaram uma decisão: o que aconteceria se alguém de repente visse que peus pais NUNCA mudaram desde que nasci? Ora... Está bem, meus pais ainda moram em Forks, porém com nomes diferentes. Isso foi depois de descobrirem a verdade sobre a minha família. Sabe, que eles eram vampiros... Acabei ficando longe, e passando meus finais de semanas com tia Rosalie e Jasper. Esses moravam longeo bastante para ninguém desconfiar. Onde eu não sei exatamente... Eles nem me contam. Entrando na classe achei Amy, minha amiga.

  -Oi. -Ela falou. -Muitos xingamentos hoje?

  -Não. -Eu sorri, me sentando do lado dela. -Acho que por hoje chega.

  Foi meu pensamento... Mas nada correto.

  -E aí, ô sanguessuga? -Chegou Terry, uma das primeiras pessoas que você não iria querer conhecer.

  -Estou muito bem, Terry. Não vejo o mesmo em você. -Eu falei, olhando fixamente para o chão.

  -Olha gente! O Homem-Lobisomem! -Terry olhou para Jake, que entrava na classe.

  Eu acenei de leve e pedi para ele sentar do meu lado. Ele assentiu pela cabeça. Amy sorriu para ele de leve e foi mais para o lado, para nos deixar a vontade. Eu menosprezei a ideia dela e fui para o lado também. Desse modo, o único que não ficou espremido foi Jake. Eu dei uma risada. Quando o professor entrou na classe.

 -Renéesme, que tal compartilhar a graça conosco? Também queremos rir. -Eu senti preconceito na sua voz, inclusive quando ele sussurou "vampira..." bem baixo.

  -Sinto graça do... Terry. -Eu apontei para ele, que estava atirando uma folha de papel pela janela. -Aquele papel estava... Xingando o senhor.

  -Terry! Mas que coisa! -Ele bufou, ele queria que EU saisse da classe.

  Ele começou a explicar a matéria, quando eu não prestava atenção a absolutamente nada. Observava a janela, como se eu fosse me atirar de lá. Para falar a verdade, era bem o que eu queria fazer naquela hora; deixar para trás tudo.